Série criada por Josh Billig e Chris Martin
Claire é uma jovem estadunidense fã de novelas coreanas que, após um acidente, vai parar em Dramaworld, uma realidade alternativa em que os K-dramas existem dentro de regras as quais ela deve ajudar a manter.
Longe de ser um marco da criatividade, a série diverte por suas situações inocentemente engraçadas por nenhum temor de se levar a sério. Liv Hewson sustenta a série com simpatia e talento, mantendo a interpretação de menina impressionada de forma cartunesca, completamente condizente com o programa, e que garante não somente apego a sua personagem, como envolvimento pelo estrambólico enredo. Vale todas as risadas que merece.
★★★★
Catherine Hardwicke
Amigas desde a infância, Jess e Milly aprendem a repensar a forma como veem sua relação e a si mesmas quando a segunda é diagnosticada com câncer.
Arrisco dizer que Hardwicke entrega aqui sua melhor direção. Conhecida principalmente por Aos Treze, a texana fala sobre amizade, família e tempo com desenvoltura, procurando não romantizar os relacionamentos (entre amigos, cônjuges, mães, filhas), mas sem largar o positivismo e a ideia de que aprendendo com os erros, pode-se acertar e seguir. O grande trunfo da diretora, no entanto, é revelar camadas de todos os personagens sem desviar de sua história principal, dando uma dimensão extra a uma história que poderia ser mais do mesmo. O elenco está incrivelmente confortável, principalmente Toni Collette, que brilha e emociona como Milly.
★★★★
Sara Newens e Mina T. Son
O documentário acompanha as jovens atletas de tênis de mesa Ariel Hsing, Lily Zhang e Michael Landers e sua dura rotina até os jogos olímpicos de 2012.
Longe dos holofotes do serviço de streaming, esse documentário é interessante pra quem gosta de esportes. Apesar de não ter o mesmo impacto de um Hoop Dreams – em que a questão da classe social e “de onde você veio” é essencial pra narrativa – e com a chance de ser visto como elitista, as diretoras fazem um bom trabalho concentrando-se no impacto que a pressão de uma olimpíada traz para atletas tão jovens. Em certo ponto, o aperreio que a possibilidade de derrota (que ronda cada canto da mesa) dá, depois de se ter visto todo o treinamento das jogadoras, é inevitável. Seu maior pecado talvez tenha sido alongar-se em algumas situações mais pessoais que acabaram parecendo desbalanceadas ao final da trama.
★★★★
Herbert Ross
Baseado numa peça homônima, um recorte da vida de seis mulheres de uma pequena cidade do sul da Louisiana (EUA) e das relações entre si, com a história sendo contada a partir de seus encontros pendulares.
Não consigo imaginar o impacto que essa história, com esse enredo deve ter tido para a época em que foi lançada. Assistindo ela hoje (2017), é inevitável perceber as marcas da sociedade da época – em suas formas, posturas, modismos e ideias – mas os sentimentos dão “sustância” ao enredo são bem universais: as relações entre as personagens, a mudança de “ciclos” de vida, a dificuldade de lidar com sentimentos de perda etc. Acredito, inclusive, que o filme merece uma revisão e reinterpretação – e, arrisco mais, releituras por regiões (versões BR, ESP, KOR, JAP, AFR…) – utilizando o cenário social atual e mantendo o foco nos seus humanos temas. O filme ainda tem a sorte de contar um afiado elenco de grandes atrizes, como Dolly Parton, Shirley MacLane, Julia Roberts, Daryl Hannah, Olympia Dukakis e Sally Field – que domina cada cena em que aparece.
★★★★
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